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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto: www.elfikurten.com.br/2016/06/anna-akhmatova.html 

ANA AKHMATOVA
( RÚSSIA )
1888 - 1966

 

Anna Akhmátova (em russo e ucraniano: А́нна Ахма́това, Odessa, 23 de junho de 1889 — Leningrado, 5 de março de 1966) pseudônimo de Anna Andreevna Gorenko (russo: А́нна Андре́евна Горе́нко; ucraniano: А́нна Андрі́ївна Горе́нко), foi uma das mais importantes poetisas acmeístas russas.

Começou a escrever poesia aos onze anos de idade, mas o pai, um engenheiro naval, temia que Anna viesse a desonrar o nome da família, convencido de estar a adivinhar hábitos decadentes associados à vida artística. Assim, assinou os seus primeiros trabalhos com o primeiro nome da sua bisavó, Tatar.

Apesar do seu pai ter abandonado a família, quando Anna contava apenas dezesseis anos, conseguiu prosseguir os seus estudos. Portanto, não só estudou no liceu feminino de Tsarskoe Selo e no célebre Instituto Smolnyi de São Petersburgo, como também no Liceu Fundukleevskaia de Kiev e numa faculdade de Direito, em 1907.

A obra de Akhmatova compõem-se tanto de pequenos poemas líricos como de grandes poemas, como o Requiem, um grande poema acerca do terror estalinista. Os temas recorrentes são o passar do tempo, as recordações, o destino da mulher criadora e as dificuldades em viver em escrever à sombra do estalinismo.

Os seus pais separaram-se em 1905. Ela casa-se com o poeta Nikolai Gumilev em 1910. O filho deles, nascido em 1912, é o historiador Lev Gumilev.

Akhmatova teve uma longa amizade com a poetisa Marina Tsvetaeva, sua compatriota. Estas duas amigas trocaram uma correspondência poética.

Nikolai Gumilev foi executado em 1921 por causa de actividades consideradas anti-soviétes; Akhmatova foi forçada ao silêncio, não podendo a sua poesia ser publicada de 1925 a 1952 (exceptuando de 1940 a 1946). Excluída da vida pública, vivendo de uma irrisória pensão e forçada a ir fazendo traduções de obras de escritores como Victor Hugo e Rabindranath Tagore, Akhmatova começou, após a morte de Stálin, em 1953, a ser reabilitada, tendo-lhe sido autorizada uma viagem a Itália para receber o prémio literário Taormina e a Oxford para receber um título honorário, em 1965.

Na generalidade, a sua obra é caracterizada pela aparente simplicidade e naturalidade e pela precisão e clareza da sua escrita.

 

POESIA RUSSA MODERNA. Nova antologia.  3ª. edição.  Traduções de Augusto e Haroldo de Campos. Prefácio, resumos biográficos e notas; Boris Schnaiderman.  São Paulo, Editora Brasiliense S.A, 1985.   292 p.   No. 10 603
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

  

Lendo Hamlet

O
cemitério. Inflete um rio anil
À direita, no vazio do terreno.
Tu me disseste:
“Vai para um convento!
Ou se queres desposa um imbecil...”
Essas coisas só um príncipe diz,
Discurso que se grava na memória
Por séculos a fio e que desliza
Manto de zibelina pelas costas.

                              1999
(Tradução de Haroldo de Campos)



Dístico 

Que
outros me louvem — seu louvor é cinzas.
Que me reproves — teu rancor, alvíssaras.


DVUSTÍCHIE


 Ot drugyhikh mnié khvalá — tchto zolá
Ot tiebiá i khulá — pokhvalá.

            
1931
(Tradução de Haroldo de Campos e Boris Schbauderman)


Do Ciclo Os Mistérios do Ofício

N
ão me importa o exército das odes,
Nem o jogo torneado da elegia.
Nos versos, tudo é fora de propósito,
Não como entre as pessoas, — me dizia.

Saibam vocês, o verso, é do monturo
Que ele se alenta, sem vexame disso,
Como um dente-de-leão pegado ao muro,
Anserina, bardana, erva-de-lixo.

Grito de zanga, um travo de alcatrão,
Um bolor misterioso que esverdinha...
E eis o verso, furor e mansidão,
Para alegria de vocês e minha.

                    
1940
(Tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnaidrman)


*
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Página publicada em junho de 2025.  


 

 

 
 
 
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